domingo, 13 de dezembro de 2009

A EDUCAÇÃO PARA O SÉCULO XXI - Um Olhar diferenciado

Por: Lidiane Cristina da Silva
Florianópolis, 12/12/2009


"A tecnologia educativa não pode estar desligada da teoria de educação que envolve várias ciências. A tecnologia, como prática usada no ensino, é fruto de uma proposta político-pedagógica respaldada por conceitos que são o lastro dessa proposta.  Ou seja, tanto faz o quadro de giz ou a web, a tecnologia usada há de ser referenciada para poder fazer sentido.  A técnica, por si só, não forma nem o professor nem o aluno.”
(Lucena e Funks, 2000:20).




1 - Introdução



A introdução de computadores na escola possibilita a realização de diversas atividades pedagógicas: como pesquisas on-line, visitas virtuais a museus, e outros lugares, viagens virtuais no tempo, simulação de experimentos, produção e co-produção de textos, imagens, sonos e muitas outras.
 Segundo Sartori (2002), a web permite que os alunos “naveguem” entre diferentes áreas do conhecimento e de disciplinas.  Eles podem “pular” de um site de artes para outro de história, outro de língua portuguesa, outro de física, etc.
Espera-se com a introdução da Informática como ferramenta pedagógica, melhorar o aprendizado dos alunos, pois com o computador o aluno tem a oportunidade de corrigir seus próprios erros, diferente do que acontece nas aulas tradicionais, onde a correção é feita pelo professor. Desta forma, o aluno faz sua própria auto-avaliação e o seu auto-aprendizado, o importante é como produzir o conhecimento, sendo o professor um mediador e problematizador nesse processo, intervindo apenas quando necessário.
Precisamos entender que informação não é sinônimo de conhecimento, e obter uma enorme quantidade de informações não significa construir conceitos, tampouco, construir conhecimento.
Cabe a escola, ao educador, problematizar toda a informação e formação veiculada pela mídia, desenvolvendo atitudes críticas nos educandos, estes precisam selecionar as informações apropriadas, aprendendo a verificar e identificar sua proveniência, e sua intencionalidade.
Assim, as Tecnologias da Informação e de Comunicação (TIC) alteram de forma significativa, nossas práticas sociais, e certamente modificam nossa relação com o saber.
De acordo com Medel (2009), a teoria na educação é muito avançada, mas a prática está muito distante. No entanto, quando sensibilizado a trabalhar com a informática, o educador percebe-se um agente transformador da ação pedagógica e esta descoberta reflete-se rapidamente na elaboração de seu material didático e no planejamento de suas aulas. Este é o primeiro passo na direção do professor “abraçar” a informática na escola. Os autores Bruner, Dewey, Freire, Piaget, Skinner, Vigotsky, entre outros, oferecem as bases em que a interação da informática com a educação pode ser trabalhada, sendo modificada de acordo com a turma, com a metodologia adequada ao tema que será desenvolvido e com o Projeto Político Pedagógico da escola.
A palavra pesquisa tem sua origem no latim: perquiro que quer dizer “procurar, buscar com cuidado; procurar por toda a parte; informar-se; inquirir; perguntar; indagar bem; aprofundar na busca (BAGNO, 1998).
Segundo Canen e Andrade, (2005), a pesquisa envolveria um problema real, levado ao nível acadêmico para que seu foco seja investigado rigorosamente, através de critérios e métodos críticos, a fim de que os seus resultados possam ser sistematizados e divulgados, segundo teorias reconhecidas e atuais
Percebemos que há a exigência de um novo tipo de escola e, portanto de um novo tipo de ensino com novas práticas pedagógicas, com ambientes de aprendizagem colaborativas, ricos em possibilidades que propiciem o crescimento em grupo.
Conforme Sartori (2002), Na aprendizagem colaborativa, as tecnologias são ferramentas para execução de um projeto educacional maior, não sendo consideradas como um fim em si mesmas.  As tecnologias materializam uma rede complexa de fatores culturais, sociais e técnicos, sendo elas mesmas fontes de aprendizagem e não meras repassadoras de informação.
Sartori dá continuidade, dizendo que ao aprender, se expressar e ao ouvir a expressão do outro, a criança está exercitando um dos pilares básicos da cidadania, que é o respeito ás diferenças; estará aprendendo a tolerância com a visão discordante e, principalmente, estará aprendendo a agir em grupo com todas as responsabilidades que isso implica.
O educador deve possibilitar a aquisição de habilidades para o trabalho em grupo, através de atividades que lhes permitam o pensar e o agir crítica e criativamente, desenvolvendo a iniciativa própria, e essa aprendizagem só é possível, em ambientes que possibilitem a participação e a construção coletiva.
Vemos que os Parâmetros Curriculares Nacionais, tanto nos objetivos educacionais que propõem quanto na conceitualização do significado das áreas do ensino e dos temas da vida social contemporânea que devem permeá-las, adotam como eixo o desenvolvimento de capacidades do aluno, processo em que os conteúdos curriculares atuam não como fins em si mesmos, mas como meios para a aquisição e desenvolvimento dessas capacidades...” PCNs – V 1 Introdução – Ciclo 1 e 2: 

Conclusão



Reafirma-se a importância de começarmos a trabalhar com a informática nas escolas, desde os primeiros anos do ensino fundamental,  como proposta de apoio ao desenvolvimento e implementação das Tecnologias de Informação e Comunicação, visando à melhoria da qualidade da educação, levando a todos os alunos, de forma equitativa, acesso a recursos tecnológicos possibilitando meios de desenvolver atividades que busquem trabalhar o desenvolvimento cognitivo do aluno através do raciocínio lógico, trabalhos em equipe, pesquisas, etc.
Espera-se com a introdução da Informática como ferramenta pedagógica, melhorar o aprendizado dos alunos, pois com o computador o aluno tem a oportunidade de corrigir seus próprios erros, diferente do que acontece nas aulas tradicionais, onde a correção é feita pelo professor. Desta forma, o aluno faz sua própria auto-avaliação e o seu auto-aprendizado, o importante é como produzir o conhecimento, sendo o professor um mediador nesse processo, intervindo apenas quando necessário.
Trabalharemos com o educando em sua totalidade, de forma holística, buscando desenvolver um trabalho de inclusão digital, encontrando um caminho atuante e integrante para a formação da cidadania.

Bibliografia



1 - FLORES, Angelita Marçal - A Informática na Educação: Uma Perspectiva Pedagógica – monografia- Universidade do Sul de Santa Catarina 1996 - http://www.hipernet.ufsc.br/foruns/aprender/docs/monogr.htm - acesso em 19 de abril de 2009

2 - LOPES, José Junio – A introdução da informática no ambiente escolar

3 – MEDEL, Cássia Ravena Mulin de Assis – Escola e Tecnologia Educacional.

4 – SARTORI, Ademilde Silveira e outros – Tecnologia, Educação E Aprendizagem, CAD. Pedagógico I, Florianópolis 2002.

0 Comentários:

Postar um comentário

Assinar Postar comentários [Atom]

<< Página inicial